19.4.12

Jogo de luzir


O poeta quis e fez-se o verso.
Nasceu, à pena grave, poesia;
Da bruma do silêncio que jazia,
Ouviu-se o murmúrio d’universo.

Estrela salpicada com a lua,
Palavras como rastro de cometa;
A prata fina n’água da rua,
Desenho escorrido na sarjeta.

Pena de poeta sempre pode
Tocar as franjas do mundo todo,
Num jogo de luzir a fantasia.

A força de um verso que explode.
A farsa, a ira, o bem-querer, o medo;
Com o som e os matizes que queria.


Frederico Salvo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Estou feliz por ser um doѕ muitos visitantes nеstе site excelente (:
, οbгigaԁo por colocar.
Check out my web-site : simpatia amor