21.4.09

Sonho adormecido


Jazia amorfo na gaveta o sonho
Qual suvenir d’uma lembrança boa.
Vivia ali, no esquecimento, à toa,
Desfigurado já não tinha cenho.
Ele que fora outrora tão vistoso,
Ele que dera vida em plenitude,
Inapetente agora de atitude
Vivia triste, quieto, desgostoso.
Por onde anda o dono desse sonho?
Está ali de semblante risonho
A burilar um verso, distraído.
Mas ele sabe no seio que o mundo
Deixou de ter o sentido profundo
Que lhe ofertara o sonho adormecido.



Frederico Salvo

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Direitos efetivos sobre a obra.

5 comentários:

Dalinha Catunda disse...

Olá Frederico,
Gostei do que li, diferente e agradável.
E Parece brotar naturalmente sem o cansaço da busca.
Dalinha Catunda

cristinasiqueira disse...

Oi Frederico,

Bonito! mais que isso...muito bonito.

Cris

cristinasiqueira disse...

Oi Frederico,
Que lindo!...mais que isso!
Gosto deste jeito seu de entrar pelas coisas e delas extrair sentimentos.
Escrevo em um outro blogue www.cristinasiqueira.blogspot.com e nas primeiras postagens vc poderá apreciar o Projeto Livro de Rua -poesia nas ruas com preocupações estéticas.E daí vc poderá conhecer a Querida Querubim.

Beijos,

Cris

Vivian disse...

...bom dia poeta!

estava com saudades de você,
e eis que lhe vejo passeando
lá em casa...

fiquei feliz de verdade...

deixo beijos nesta alma linda
que tens.

Sonia Schmorantz disse...

A amizade é o conforto indescritível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser preciso pesar o que se pensa, nem medir o que se diz.
(George Eliot)

Tenha um final de semana com muito carinho.
Um abraço