21.1.09

Sede



Beija-me,
Pois tenho sede nesse deserto inóspito
E o sol me abrasa os sentidos.
Dá-me teus beijos, pois preciso
Conter meus desejos incontidos.

Mata-me a sede, mata-me a sede,
Pois de mim espero não mais que nada,
Enquanto durar a conquista malograda,
Enquanto não me prender em tua rede.

Queira-me,
Porque rota e parca é minha vida
E há muito caminhar não faz sentido.
Queira-me, pois sem ti a esperança é perdida
E o rio dos meus sonhos, interrompido.




Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

2 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

A minha vida é o mar o Abril a rua
O meu interior é uma atenção voltada para fora
O meu viver escuta
A frase que de coisa em coisa silabada
Grava no espaço e no tempo a sua escrita...

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

Deixe então a vida se transformar em poesia.
um abraço

Liliana G. disse...

Sólo el amor, ése que interrumpe los ríos de tus sueños con su ausencia, es capaz de transportarte hacia las cumbres infinitas de la dicha. Hermosas imágenes. Felicitaciones.